terça-feira, 7 de junho de 2011

Waitomo

Waitomo é uma cidadezinha no meio do nada, que não tem nada, nem mercado....Chegamos, arabian singers foram cozinhar, jantamos, jogamos um pouquinho de cartas e fomos para o único pub da cidade (levamos 3 minutos pra chegar até lá).
Todo de madeira, com cabeças de alce e boi nas paredes, peixes empalhados e um ambiente super masculino daquele que os trabalhadores deixam a botina enlameada na porta, igual de filme. Mas não é boteca não gente...super aconchegante e acolhedor e a maioria da galera foi. Como era um ambiente tranquilo, só teve conversa e foi ótimo pra prática do inglês, porque toda hora você conversa com pessoas diferentes e aprende palavras ou frases novas toda hora. Esse fim de semana foi muito proveitoso neste sentido porque eu conversei demais e treinei muito. Tinha horas que eu nem pensava pra falar...certo ou errado eu ia falando e conseguia entender todo mundo.
A cama do hostel era maravilhosa e capotei.




No dia seguinte saímos para explorar as cavernas de Waitomo. De cara fomo pra uma floresta maravilhosa cheia de reentrâncias e pequenas cavernas encravadas na montanha....andei e subi degraus pra caramba...vi buracos, rios e cachoeiras por toda parte, tirai tanta foto, dei tanta risada, escorreguei várias vezes e teve umas 3 pessoas que caíram de sair escorregando, porque garoava o tempo todo.
Depois fomos para a famosa glowworm cave que infelizmente não é permitido fotografar, mas é a coisa mais linda que eu já vi na vida. Primeiro você entra por um paredão de pedra e desce para as profundezas da terra....nossa, tô filosofando já....aí você entra numa caverna tão grande e tão alta que não dá pra acreditar que aquilo existe embaixo da terra...não dá pra mensurar a altura...e não dá pra imaginar que foi o fluxo de um rio que passava por ali que esculpiu as cavernas daquela maneira. Seguimos por um labirinto de calcário e formções rochosas, e do teto pendiam imensas estalactites (de cime para baixo) de uns trinta metros. O guia explicou que são necessários 100 anos para cada centímetro, então imaginem o quão antigo é esse lugar. Aí o guia pediu pra todo mundo agachar e vimos finíssimas estalactites  pendendo de umas rochas bem pertinho da plataforma de pedra onde nós estávamos, porque abaixo a caverna continua descendo, mas já é uma parte que tem águas profundas. Só que essas estalactite eram fininhas e brilhantes como se fossem pequenas e delicadas gotinhas de cristais. Parecem correntes de jóis penduradas na pedra, porque são formadas com água cristalina e não com água cheia de sais minerais e arenito como são as mais rochosas.
Na sequência entramos na escuridão, só ouvindo um barulho de água e o guia nos levou até um barco onde sentamos todos em absoluto silêncio pra assistir o maior espetáculo dessas cavernas. A Arachnocampa Luminosa são uma espécie de larvas que depois se transformam em pequenos pirilampos, exclusivos da NZ, e enquanto larvas, ficam grudados no teto e paredes dessa caverna. Só que elas brilham e dentro da caverna escura e deslizando no barco, a sensação é de flutuar no meio do céu estrelado. Lindo, lindo, lindo.
Tive que comprar cartões postais pra vocês verem depois já que é proibido fotografar, mas totalmente compreensível, porque um lugar como este tem que ser preservado de todas as maneiras pra que futuras gerações tenham acesso à essa maravilha da natureza.











Infelizmente minha viagem acabou depois de mais 3 horas de estrada...e os árabes cantando...
Fiz muitos novos amigos, pois nessas experiências você conhece pessoas que pensam como você, pontos de vista parecidos, que buscam viver a vida da maneira mais prazerosa possível, por isso estão aqui na mesma situação que eu, tentando aprender uam nova língua, mas aproveitando ao máximo esse lugar.
A despedida foi longa....promessas de novos encontros...novas viagens...e posso dizer que a vida nos ensina a cada momento. Essa viagem foi muito importante pra mim e mudou a minha forma de enxergar algumas coisas.
Então para aqueles que já sabem como é isso...continuem.
Para os mais jovens ou os que não começaram...coragem.
Tem um provérbio chinês que diz que "uma longa caminhada começa com um único passo"
Chico Science disse que "um passo a frente e já não estamos mais no mesmo lugar"
E o mundo é grande demais pra gente se contentar em conhecer somente um pedaço (Uiii, essa frase fui eu que inventei agora)
Kisses.

5 comentários:

  1. Eu concordo plenamente e sempre achei que intercambio é uma experiencia válida não só pra estudo... é pra vida... conhecer outras culturas, outras formas de pensa.... nos engradece infinitamente!
    E eu quero MUITO ir nessa glowworm cave.... Eu sou apaixonada por cavernas... aliás... me fala alguma coisa da natureza que eu não seja apaixonada? hahahahah

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  2. PAISAGENS LINDAS MESMO,MAS COM TANTOS JAPAS AI KD O TAL DE SUSHI? VC NAO CONFUNDE NAO? KKKKKKKKK
    PARECE Q FOI FAZER INTERCAMBIO NO JAPAO!!!!
    APROVEITE CADA PASSO, TANTO CHINES,JAPONES,N.ZELANDES,E ATE O DO CHICO SCIENCE MESMO! O IMPORTANTE É APROVEITAR..........

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  3. Adorei esse post. É uma delícia viajar e conhecer tanta gente, e não só praticar o inglês, mas poder justamente fazer essa troca cultural.
    Gostei da descrição da caverna, consegui imaginar um pouco, mas morri de curiosidade e botei no google... vi os bichos brilhando e essa parte é mais incrível do que a gente imagina. Muito lindo mesmo.

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  4. Quando chegar a minha vez (de intercambiar.. essa palavra existe?? kkk) quer ir pra um lugar assim cheio de aventuras.. cavernas, montanhas, cahoeiras, lagos enfim...

    Beijos

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